quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Ecos do Silêncio


"- E você?
- Bem, eu... - Com a voz meio trêmula e temerosa, respondeu: - Como assim?
- É, você entendeu, Anita, eu lhe pergunto com sinceridade e verdadeiro sentimento!
- Eu também o quero! Amo você! Sofro em lágrimas cada palavra dura que eu lhe disse, pois o meu amor e real e tão forte que me faz falar sério, ser firme contigo mesmo me rasgando por dentro. Eu o amo, e se seu chamado for o matrimônio, eu quero fazer este caminho ao seu lado, se for a vontade de Deus. Ser a sua Agar, sua Ruth, sua Judith, sua Sara, sua Maria, sua Anita, toda sua... E seremos uma só alma e um só coração. Em meio a esta espera e em meio a esta obra fui me reconstruindo, e hoje sei quem eu sou, amo a enfermagem, amo restauração, amo estar aqui agora cheia de tinta e de lágrimas diante do meu príncipe encantado, diante do meu Lucano (São Lucas, o evangelista), meu grego, a quem Maria revelou seu Magnificat. Sim, estou diante de toda essa vitória de nossas vidas. Estávamos à procura da mesma coisa, da mesma pessoa, do verdadeiro sentido da nossa vida. Encontramos o sentido, o dom, a destra divina nos unem neste momento para algo muito maior que uma união física, algo sublime acima das paixões mundanas, ao desfile pelo vale dos que amam verdadeiramente, aos mil e um caminhos da sexualidade sagrada. Seremos fecundos em tudo, pois olharemos juntos para a mesma direção, e a minha felicidade estará sempre em fazê-lo feliz."
(Trecho do livro "Ecos do Silêncio" , p. 106, Nasser, José Augusto - Editora Canção Nova)