quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Deus, vem cá,


eu tô cansada. Tô cansada de me perder nesses meus planos, de tropeçar nas areias e de continuar respirando todo esse sentimento. Estou abrindo um refresco, sentada no sofá, olhando pra televisão, as roupas estão jogadas pelo chão, tem louça pra lavar, tem casa pra varrer, tem coração pra curar. Eu tento ser fria, por que do jeito que eu sou, não dá muito certo. Vivo de tentativas. Tentando ser melhor. Mas continuo a mesma pessoa, com as mesmas expectativas, escrevendo a carta com a mesma letra, e falando contigo com a mesma voz. Gritando. Pedindo que as pessoas não se vá, que elas fiquem mais 5 minutinhos e me dê a oportunidade de fazê-las ficar por mais 10, e assim sucessivamente. Contava nos dedos todas que saiam pela porta. Alguns devem ir mesmo, pegar as malas no quarto de hóspedes e ir embora. Por que é necessário. Não é nada disso de destino, somente é necessário. Aliás, eu me refiro ao destino como plano e vontade de Deus. É. Perdi muitos motivos. Fiz pedidos que não eram pra ser realizados. Me magoei. Com as pessoas. Comigo mesma. Achando que pudesse dar certo e na ilusão de sorrisos que me davam. Me sinto cansada, só. Faz tempo que não recebo visitas. Não estou mais esperando o telefone tocar. Tranquei a minha porta. Fechei meus cadeados. Só vivo querendo um abraço quentinho, alguém que suporte o tempo, a distância, minhas birras e o meu amor. Alguém que sorria da minha voz cantando, extremamente desafinada. Alguém que queira a aliança do coração, mais que a aliança colocada no dedo. O meu alguém. Ah! Deus. (franhop)

Nenhum comentário:

Postar um comentário